Crônicas

Crônica: Eu preciso dizer que te amo.

11 de novembro de 2015

casal

Eu vejo fantasmas em plena luz do dia, eu bebo um café ruim, eu ando em círculos pela sala retangular pequena, uma, duas, três, quatro… E uma música de funk me perturba. Contar até quatro, nunca mais foi a mesma coisa desde que você me apresentou essa praga de música. Eu, implicante, te questionava como se jogava o clima “lá no alto”, e você revirava os olhos e fazia a dancinha do “alto-cima”, mostrando que não cedeu a minha implicância. Você era a pessoa que eu mais amava implicar, levando em conta, que eu só implico com quem eu gosto, eu só irrito quem eu gosto e de você, eu gosto demais. E no fundo, eu sabia que já tinha virado amor há uma ou duas semanas, quando eu te vi chorando pela morte do seu hamster, e eu quis virar um hamster só pra te ver sorrir de novo. Eu prometi te dar um animal com uma vida que durasse mais, mas você disse que não queria mais cuidar de nada a não ser um filho e eu quis te dar um filho (…). Eu quase falei isso em voz alta, e eu sei que você arregalaria os olhos assustada como quando fica assustada de verdade. Eu nunca te disse que eu sei quando você finge estar assustada e quando realmente fica. Em todo caso, guardei pra mim. E desde então eu fico dando voltas na sala pequena, imaginando em como seria um filho seu, comigo. E as vezes acho que estou ficando maluco e cheguei a sonhar com bebês mais de três vezes em uma semana. E a música do Naldo ecoa no apartamento como uma praga quando eu ligo o rádio e eu decidi que escutar rádio nunca foi e não é mais boa opção. Ontem a noite eu resolvi sair pra beber com aquele meu amigo, o Yuri, que você odeia. E ele disse que tudo bem eu ter pirado e ter te afastado de repente e falou pra eu superar, e descobri porque você o odeia tanto, e me peguei o odiando também. Um amigo não diz essas coisas pra um amigo que tá amando, mesmo não sabendo disso. O deixei falando sozinho na segunda cerveja, e hoje acordei com ele me ligando. Ele é mais carente que mulher, muito mais insuportável que você na tpm, e daí entendi de vez porque você o odeia tanto. E depois da cerveja, eu comecei a soluçar feito doido voltando pra casa e eu me lembrei de como você curava essas minhas crises com uns beijos no meu pescoço maravilhosos. Você dizia que não era o beijo em si, e sim a distração que ele causava, que você aprendeu isso em uma revista estrangeira de não sei de onde, devia ser da Europa, já que você amava os lados de lá. E por falar da Europa, eu amava o jeito que seus olhos se enchiam quando você lembrava da sua viagem pra Londres, que seu sonho era ficar por lá e ouvir Beatles eternamente. Mas eu sabia, que você não ia aguentar muito tempo sem comer feijoada e ouvir esses funks escrotos. Mas sabe o que não era escroto? Era você dançando funk, com aquele negócio que era grande demais pra ser calcinha e curto demais pra ser um short, mas era sexy de qualquer jeito. Você sabia me entreter tão bem, sabia meus pontos fracos e fazia dos seus pontos fortes a minha fraqueza também. Eu te chamava de bruxa, macumbeira, feiticeira e no meu interior eu gritava M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A, soletrado e em maiúsculas. Agora eu fico perambulando na pior pista de skate da cidade, porque eu sei que é lá que você vai tomar uns tombos sem ninguém pra rir de você. E tá quase chovendo e eu continuo aqui, porque eu sei que você é do tipo de maluco que gosta de andar na chuva, assim como gosta de praia num calor de mais de 40°. Você é toda doidinha com essa tatuagem em inglês no braço, com esse cabelo de chapinha, porque o seu natural é um enrolado que eu adoro, mas que você odeia. E por que eu te adoro tanto? Que cacete! Por que eu tô aqui parado na chuva, na esperança de te encontrar e dizer tudo isso na sua cara e te ver ficar assustada de mentira, porque eu sei, eu sei que você ia amar. Eu sei de tanta coisa, e não sei como eu consegui te afastar. Eu sei de tanta coisa e não consigo parar de andar em círculos, ouvir Naldo e sonhar com hamsters com cara de criança e vice e versa. Eu sei de tanto detalhe e esqueci do principal, de lembrar que você odeia esse meu jeito lerdo de raciocinar. Por isso eu tô correndo na chuva pra dizer que te amo, te ganhar ou ganhar (nesse caso não aceito perder) sem engano, eu preciso dizer que te amo e tô indo, me espera.

Thai.

Inspiração

Inspiração: Tatuagens Minimalistas.

5 de novembro de 2015

Oi gente!
Se tem uma decisão unanime nessa vida, é de que tatuagem vicia. Há meses atrás eu jurava de pé junto que jamais iria fazer uma tatuagem pelo simples pânico de encarar uma agulha, mas a partir do momento em que fiz a primeira meio de repente, junto com as minhas amigas em julho desse ano, como contei nesse vídeo, a vontade de fazer mais e mais tatuagens só aumenta. Não é a toa que faz menos de uma semana que fiz mais duas tatuagens sem medo de ser feliz. E apesar de achar tatuagens grandes lindas e digna de gente corajosa de verdade, as minhas escolhas foram tatuagens minimalistas.

Sim, aquelas bem pequenininhas, com traços delicados, mas que dão um charme todo especial. E dando um fuçada no Pinterest achei várias inspirações muito amor pra gente, eu e vocês, ficarmos babando e querendo virar um gibi de mini tattoos. <3 haha

t2t1t3minima 2minimaminima 3t11Fala a verdade, dá ou não dá vontade de ir no tatuador de confiança mais próximo e fazer várias dessas belezinhas?

As minhas três tatuagens seguem este estilo:

?? A photo posted by Thainara Oliveira (@thaiioliveiraa) on

E vocês aí, o que acham de tatuagens minimalistas? Gostaram das inspirações?  Ou as tatuagens grandes fazem mais o seu estilo? Conta pra mim!

Grande beijo,
Thai.

Look do Dia

Look do Dia: Macaquinho Floral + A Volta do Blog!

2 de novembro de 2015

Oi gente!

Olha quem está de volta para esse blog amado, porém – admito – um pouco esquecido: euzinha!
Depois da mudança de rotina que ocorreu uns dois meses atrás, ficou um pouco difícil de manter o blog atualizado. No entanto não foi só falta de tempo, sinceramente, fui perdendo um pouco o ritmo, uma coisa puxa a outra e aí a vontade foi só diminuindo…
Mas criar conteúdo pro blog, e mantê-lo atualizado é uma das coisas que eu mais gosto de fazer, não como obrigação, mas como uma coisa prazerosa mesmo. E por isso estou de volta já de cara com uma coisa que eu amo fazer: LOOK DO DIA! E mais que isso, look do dia com as fotos maravilhosas que minha amiga e parceira Joy Freitas e eu fizemos na semana passada. Isso com certeza me deu uma ânimo e tanto pra voltar com o blog em grande estilo.

Então, vamos conferir essas lindezas?

look 1look 2O ponto alto desse look é o macaquinho, que foi amor a primeira vista, afinal, macaquinho é uma peça muito coringa, como vestido, mas com o plus de ser ainda mais confortável. Depois de feita a escolha, foi fácil complementar. A bota marrom deu um ar boho ao look e casou super bem com a cor do macaquinho. Os acessórios foram a cereja do bolo. Devo confessar a minha paixão pela chooker dourada, que é um charme só! O batom vinho não preciso nem dizer, é amor antigo! <3

look 3look 4O tempo aqui em Rio Grande ainda não é dos melhores, e ainda é praticamente impossível colocar as pernas de fora. No entanto, a sorte estava a meu favor nesse dia, e conseguir fazer as fotos sem congelar. haha

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look 6(Macaquinho: Renner – Bota: Dayflex – Chooker: Turpin Bijoux – Colar duplo: Renner – Colar longo: Realce)

look 5Eu estou completamente encantada com as fotos! O primeiro ensaio a gente nunca esquece, né? Quero agradecer mais uma vez a Joy Freitas, e dizer que essa querida também tem um blog incrível com muitas dicas de moda, beleza, DIY e muitos mais. Acessem www.joyfreitas.com pra ficar por dentro de tudo! Recomendo super!

E claro, quero agradecer você que está lendo, por continuar me acompanhando apesar da ausência.

E aí, o que achou do look? Não deixe de me contar!

Até o próximo post!

Um grande beijo, Thai.

Vídeos

Vídeo: Favoritos de Agosto/Setembro!

12 de outubro de 2015

Oi genteee!
Esse vídeo já saiu tem tempo, mas por falha minha ainda não tinha vindo aqui pro blog. Pois bem, gravei meu primeiro vídeo de favoritos de agosto e setembro juntos porque já tinha passado agosto e já estava no meio de setembro.

Então se você ainda não conferiu, dá o play pra ficar sabendo dos meus favoritos. 😉

E aí, o que pra você também é favorito? Conta pra mim!

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Grande beijo,
Thai.

Crônicas

Crônica: Acumulando Pedaços.

16 de setembro de 2015

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Quando eu era garoto, minha mãe me dizia que eu tinha que aprender a doar as coisas que eu não queria mais. Mas por mais que não brincasse mais com um brinquedo, eu gostava de vê-lo no meio dos outros, eu gostava de saber que ele estava ali, que ainda era meu. Ela insiste que sou acumulador até hoje, quando vem me visitar. Quando olha meu armário, tem pavor.
Eu não sou acumulador. Defino essa minha mania – sim, porque é apenas uma mania – como a vontade de ter as coisas que já gostei por perto.
Uma pena não ter conseguido o mesmo com você…

Mas todos os dias a caneca do super-homem que você me deu de um mês de namoro, me encara da prateleira. Não a uso mais, mas gosto de tê-la ali. Me faz lembrar das manhãs em que você tomava nescau gelado na sua caneca de menina, que você deixou quebrar na segunda semana. Depois de meses consegui concluir que a sua especialidade é mesmo essa: quebrar coisas. Pior, quebrar coisas minhas. Inúmeros copos, dezenas de pratos, três porta-retratos e até o meu dedo mindinho, brincando de lutinha. Se você espera ler que quebrou meu coração, espere até a próxima linha.
Como você conseguiu quebrar meu coração e não quebrou a caneca de super-homem? E como você esperava que eu realmente fosse “super” alguma coisa, sendo essa energia que me puxa pra baixo? Tantas perguntas surgiram nesse tempo, nem delas eu consigo desapegar. Fotos escondidas, algumas mesmo rasgadas. Tem dias, que se me concentro bem, ouço seus espirros descontrolados e em sequência. Sua voz cantarolando no meio do banho, misturada ao barulho da água do chuveiro. Ainda tem meio vidro de shampoo de frutas vermelhas, ainda tem um dvd da sua série favorita, uma blusa preta de renda, um pacote do chá que você gostava de tomar a noite, suponho que esteja vencido. Mas é como se essas coisas te esperassem voltar. Será que você se lembra que eu tô te devendo 32 reais e vinte centavos? Parece que sou mesmo um acumulador, e mais que isso, um acumulador de coisas suas.
Sabe, eu não entendo nada da vida. Mas suponho muita coisa, e sendo assim, me pergunto como estaria hoje, se tivesse aprendido a doar as coisas que não me serviam mais. Porque já está mais que provado que você não me serve mais, pelo contrário, está de um tamanho desproporcional pra mim.
E enquanto você me quebra, eu fico aqui, só acumulando os pedaços.
Que só me ferem. Ainda.

Thai.